segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Asa Bay


Um homem cavalgou pela estrada através das florestas
Descendo por Asa Bay
Onde barcos-dragões haviam partido para o mar
Há mais tempo que alguém pudesse dizer
Para ver com seus próprios olhos a maravilha
O povo falou disso de pessoa pra pessoa
O Deus todo onipotente
Tinha chegado de uma terra estrangeira

Os rumores contados por um homem
Que viera do outro lado dos oceanos
Trazendo uma cruz de ouro em volta do pescoço em uma corrente
E falando em uma língua estranha sobre paz
Ele veio com homens estranhos em armaduras
Vestindo camisas vermelhas e laços
Cheirando não cervejas, mas flores
E sem pêlos nas faces

E o atrevido homem que levava a cruz
Disse a todos em Asa Bay
Que o Deus de todos os homens, mulheres e crianças chegara
Para a todos salvar
E para agradecer o Senhor do Paraíso
Alguém deveria construir uma casa para o Deus
E salvar sua alma do Inferno
E esse alguém deveria ser batizado e dizer juramentos

Um homem orgulhoso com o Martelo falou ao novo Deus
Para construir a casa Dele Ele mesmo
E falou alto sobre os Deuses de seus pais
Que se foram não há muito tempo
Os rumores, disse o homem com uma barba que parecia de fogo
E o Martelo na corrente,
Pelos homens de armadura silenciados foram e pelas
Suas espadas foram mortos

Aquele que não pagou uma moeda
Dentre quatro ao homem do novo Deus
Foi açoitado, acorrentado e preso
Pelo pescoço em um tronco (Em um tronco...)
E então todos em Asa Bay construíram
Uma casa com a cruz
Todas as horas da luz do dia eles suaram
Membros doloridos pois a fé tem um preço

E no ducentésimo dia
Lá estava em pé branca apontando para o céu
A casa do Deus da cruz
Grande o bastante para caber dois barcos-dragões dentro
E todos os de Asa Bay assistiram
A maravilha subir aos céus
Agora o Deus da cruz deveria ser agradecido
E satisfeito

Fora do círculo formado pela multidão
Um velho ficou parado
Ele olhava através das águas
E tapava do sol seus olhos com uma mão
E seus velhos olhos puderam quase ver
Os barcos-dragões saírem navegando
E seus velhos ouvidos quase puderam ouvir
Homens em grande número bradarem uma saudação a Odin

E no entanto ele já sabe
No entanto ele voltou a face em direção ao céu
E suspirou silenciosas palavras esquecidas
Faladas só nos altos caminhos
Agora essa casa de um Deus estrangeiro está em pé
Agora eles deverão nos deixar em paz
Ainda ele ouviu de algum lugar nas florestas
Velho corvo de sabedoria dizer
... povo da terra de Asa, isto é só o começo...

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