sábado, 23 de agosto de 2008
Deusa Bruxa
Durante séculos as bruxas foram acusadas de adorar deidades femininas pagas. Na Idade Média, além da crenca na adoracao ao Diabo existia o convicto argumento de deidades femininas padroeiras ou simplesmente como a Deusa das Bruxas. Referências existem, até demais. Exemplos clássicos como Diana, Holda, Mari, Arádia, La Befana...
Diana
Diana é seguramente uma deusa romana. Deusa da lua, da caca e da floresta, casta e similar à deusa grega Àrtemis, porém cada uma possui certas particularidades que as fazem distintas e, às vezes distantes uma da outra. Durante a Idade Média, relatos em demasia de bruxas afirmavam uma estado de arrebatamento íntimo na participacao de vôos noturnos ao Sabath em companhia de uma figura feminina, em tal época, localidades e regioes está figura era chamada, Diana. Nao é à toa que Diana é uma deusa intrinsecamente ligada às bruxas. A analogia decorre da gama de associacoes com outras figuras femininas por toda a Europa. Diana através do epíteto de Lucífera é a correspondente de Hécate, a deusa grega das bruxas e dos mistérios ocultos. No sincretismo acabou por Nossa Senhora da Guia. Tanto Diana Lucífera assim como Hécate, em contos e lendas, as duas carregam em ambas das maos tochas que num sentido esotérico, significam a luz do conhecimento. Diana é representada nas imagens em constante companhia de um cervo (ou um belo rapaz). O cervo está ligado com a forma mais antiga do deus da caca e da floresta. Esse par de deuses estao conectados às fadas e aos elfos. Na Itália, La Befana é uma fada que no folclore italiano traz presentes na véspera do dia de reis. Também outra correspondente de Diana. Relatos de cultos à Diana trouxeram remanescentes consideracoes de um culto de fertilidade ainda forte na época, e alguns autores impertinentes chamam a este(s) culto(s) de "religiao diânica". Já foi relatado em estudos específicos que tal religiao nunca existiu, reparando na informalidade de práticas bruxas e nas diversas prepoderâncias instáveis na Idade Média. Diana na verdade seria uma identidade à deusa bruxa em específica regiao da Europa e os vestígios de cultos pagaos de fertilidade nao alimentam argumentos conservadores. Apenas florescem de forma inteligível o quanto estavam vivos dentro do folclore e sincretismo local.
Herodíade
Se falarmos de Diana temos também que enunciar sobre Herodíade/Heródias ou a Arádia. Aqui me utilizo apenas por Herodíade. Herdodíade é uma personagem bíblica, uma princesa judia e condiz de cincho obscuro com Diana. Na Idade Média, assim como Diana, Herodíade foi dilatada como a mestra/deusa das bruxas. Ao certo nao se sabe como Herodíade originalmente uma princesa judia filha de Aristóbulo IV e neta de Herodes, tornou-se associada com Diana e nem de sua relacao com bruxaria. É controversa a afirmacao de que o sincretismo feito entre a deusa grega Hera e a romana Diana tenham resultado no nome Heradiana e posteriormente foi interpretada como Herodias, Herodíade. O folclorista Charles G. Leland relata em seu livro (Arádia, O Evangelho das Bruxas), um culto de bruxas italianas que adoravam Arádia e Diana. Notavelmente os nomes Arádia e Herodias sao bem próximos, uma corrupcao de nomes. Em 1390, mulheres foram denunciadas por um inquisidor milanês de terem participado assiduamente do jogo de Dianas invocam Herodias. Porém, em tal culto, as tais mulheres acusadas usavam a imagem da "Madona do Oriente". A imagem da Madona é outra forma camuflada sob a essência crista de deusas pagas ligadas às bruxas. O jogo ou culto, as mulheres, no caso duas, uma respondia através de Oriente coisas futuras, ensinamentos e informacoes. A outra aprendia a arte das ervas, antídotos e remédios para doencas, protecao contra o mal e afastar malefícios. O mérito era propor melhorias, bens materias, boas colheitas, gados ao povo e a adoracao de Cristo e o outros santos, tinha o mesmo propósito que o da Oriente. Essas mulheres sacrificavam bois e comiam a sua carne. Depois pegavam os ossos e os colocavam dentro da pele dos animais mortos. A Madonna do Oriente depois tocava com a ponta da sua varinha e os bois ressuscitavam.
Holda
Holda é tao bem conhecida na mitologia germânica. Com bravas correspondências com Diana romana, é a deusa das bruxas e se encontra no Venusberg. Também protetora das criancas e dos afazeres domésticos. É bem mais provável que Holda seja uma figura mais forte na analogia com as bruxas que Diana. Além do forte sincretismo entre as duas e as consideracoes favoráveis fazem delas um reflexo de ambas. Conhecida também como Dama Holda, Frau Holle, Herodiana, Senhora Benzoina e tantos outros nomes. Holda seria a deidade primária das bruxas. Holda é frequentemente vista como uma deusa benevolente, e a traducao do seu nome denota isso, a amigável. A Rainha das Bruxas, um outro título e vários relatos afirmam que bruxas a acompanhavam levando criancas nao batizadas às cacadas selvagens da deusa. Vários tipos de magias eram associadas à Holda. A magia com nó, deslocamento de formas, vôos (noturnos) usando pocoes e feiticos estranhos, principalmente o trabalho em transe. O uso medicinal das ervas também lhe é associado.
Mari
Na mitologia basca, Mari é a deusa associada com bruxas, que entre os bascos sao conhecidas como as caminhantes noturnas. As bruxas no imaginário popular se encontram à noite em algum lugar misterioso, vao de encontro em vôos ao sabath para se juntarem com o Diabo, copular com o mesmo, apresentarem os novos bruxos... Mari era conhecida como Dama ou Senhora e seria também uma outra deidade primária das bruxas. Chegando a ser conhecida e ligada à Holda do folclore germânico. Ela é a deusa principal na mitologia basca. Seu consorte era um deus serpente ou dragao que vivia na lua. No folclore britânico, Caim vive na lua, o Homem da Lua na literatura infantil. Tal como era o regente deste reino lunar, morada dos mortos. Seria interessante notar que Caim, o primogênito e o que transporta o sangue bruxo esteja em total encontro com as deidades femininas ligadas à bruxaria. Em Arádia, ele aparece em um feitico. Caim ou Caino em outras versoes e literaturas ocultistas é um demônio invocado através do uso de água e outras coisas para o banimento e purificacao
A representacao de Mari a demonstra uma mulher jovem e muito bela, voando com uma bola de fogo conjurando tempestades. Maria tornou-se a corruptela para Mari, a Igreja a associou com a Virgem Maria pelo motivo dos pagaos abracarem a nova religiao.
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