sábado, 23 de agosto de 2008

Deusa Kali


Kali, do sanscrito Kali ???? (que significa, literalmente, A Negra), é uma das divindades mais cultuadas do Hinduismo. Apresenta-se com aspecto terrível e sua tradição inclui sacrifícios animais e antigamente humanos -- segundo observado ainda pelos colonizadores ingleses no século XIX.

No entanto, no paganismo ela é a verdadeira representação da natureza e é também considerada por muitas pessoas a essência de tudo o que é realidade e a fonte da existência do ser. Deusa da morte e da sexualidade, Kali - cujo nome, em sânscrito, significa “negra” - é a esposa do deus Shiva, segundo o tântrismo é a divina Mãe do universo, destruidora de toda a maldade. É representada como uma mulher exuberante, de pele escura, que traz um colar de crâneos em volta do pescoço e uma saia de braços decepados - expressando, assim, a implacabilidade da morte.

Mas Kali não é uma deusa do mal pois, na verdade, seu papel de ceifadora de vidas é absolutamente indispensável para a manutenção do mundo. Seus devotos são recompensados com poderes paranormais e com uma morte sem sofrimentos.

Kali é a destruidora do demônio Raktabija. Ela é também uma das formas da deusa Parvati, esposa de Shiva.

Shiva ou Xiva é um deus ("Deva") hindu, o Destruidor (ou o Transformador), participante da Trimurti juntamente com Brama (Brahma), o Criador, e Vixnu (Vishnu), o Preservador.

Uma das duas principais linhas gerais do hinduísmo é chamada de xivaísmo, em referência ao deus.

Na tradição hindu, Shiva é o destruidor, que destrói para construir algo novo, motivo pelo qual muitos o chamam de "renovador" ou "transformador". Suas primeiras representações surgiram no período Neolítico (em torno de 4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o "Senhor dos Animais". A criação da ioga, prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, intimamente ligada à transformação, é atribuída a ele.

Shiva é o deus supremo (Mahadeva), o meditante (Shankara) e o benevolente, onde reside toda a alegria (Shambo ou Shambhu).

A figura da deusa tem quatro braços, o corpo pintado de vermelho sombrio, os olhos ferozmente arregalados, os cabelos revoltos, a língua pendente, os lábios tintos de hena e bétele. No pescoço traz um colar de cabeças humanas, e os flancos, uma faixa de mãos decepadas. Sempre é representada em pé sobre o corpo caído de seu esposo Shiva.

Na mitologia hindu, Vixnu (em hindi, ??????, transl. Vishnu, da raiz sânscrita vishva, "tudo"), juntamente com Shiva e Brahma formam a Trimurti, a Trindade Hindu, na qual Vixnu é o deus responsável pela manutenção do universo.

Nas duas representações comuns de Vixnu, ele aparece flutuando sobre ondas em cima das costas de um deus-serpente chamado Shesh Nag, ou flutuando sobre as ondas com seus quatro braços, cada mão segurando um de seus atributos divinos, uma concha, um disco de energia, um lótus e um cajado.

A concha se chama Pantchdjanya, que têm nela todos os cinco elementos da criação: ar, fogo, água, terra e éter. Quando se assopra nessa concha, pode se ouvir o som que deu origem à todo o universo, o Om

O disco, ou roda de energia de Vixnu, se chama Sudarshana, e representa o controle dos seis sentimentos, servindo de arma para cortar a cabeça de qualquer demônio.

O Lótus de Vixnu, se chama Padma, e é o símbolo da pureza e representa a Verdade por trás da ilusão.

O cajado de Vixnu, se chama Kaumodaki, ele representa a força da qual toda a força física e mental do universo são derivadas.

Segundo o hinduísmo, Vixnu vem ao mundo de diversas formas, chamadas avatares, que podem ser humanas, animais ou uma combinação dos dois. Todos esses avatares aparecem ao mundo, quando um grande mal ameaça a Terra, no total, existem dez avatares de Vixnu, das quais nove já se manifestaram no nosso mundo - sendo Rama e Críxena os mais conhecidos - e outra ainda está por vir. São elas:

* Matsya, o Peixe;
* Kurma, a Tartaruga;
* Varaha, o Javali;
* Narasimha, o Homem-Leão;
* Vamana, o Anão;
* Parashurama, o Homem com o machado;
* Rama
* Críxena
* Buda, o Iluminado (Sidarta Gautama) Nota: segundo os budistas, há 24 budas, que não são encarnações de Vishnu, um deus de outra religião. Sidarta Gautama, o Buda histórico, foi um dos Budas.
* Kalki, o espadachim montado a cavalo que ainda está por vir.

A esposa de Vishnu é a deusa Lakshmi, deusa da prosperidade e sorte que o acompanha encarnado na terra como esposa de seus avatares. Seu veículo é Garuda, a águia gigante. Vixnu tem uma forte relação com a água (Nara), tanto que um de seus nomes é Narayana, aquele que flutua sobre as águas. Ele é representado ao lado de uma Serpente com muitas cabeças, já mencionada anteriormente. Do seu umbigo, nasce uma flor de Lótus da qual emerge Brama, o deus criador do universo.

Ardhanaríshvara

O lado direito da estátua é claramente masculino, apresentando os atributos de Shiva: a serpente, o tridente, etc. Do lado esquerdo, vemos uma figura feminina, com os trajes típicos, o brinco feminino, etc. Esse aspecto de Shiva representa a união cósmica entre o princípio masculino (Shiva) e o feminino (Parvati), entre a consciência (Shiva) e a matéria (Parvati).

As cobras que Shiva usa como colares e braceletes simbolizam o seu triunfo sobre a morte, a sua imortalidade.

O filete de água que se vê jorrar de seus cabelos é o rio Ganges. Conta a lenda que o Ganges era um rio muito revolto que corria na morada dos deuses. Os homens pediram para que o rio corresse também na terra. Porém, o impacto da queda de água seria muito violento. Para resolver o problema, Shiva permitiu que o rio escorresse suavemente para a terra pelos seus longos cabelos.

Sendo o asceta eremita da Trimurti, Shiva é considerado o criador do Yôga, que teria ensinado pela primeira vez a sua esposa Parvati.

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