sábado, 23 de agosto de 2008

Deusa Bruxa


Durante séculos as bruxas foram acusadas de adorar deidades femininas pagas. Na Idade Média, além da crenca na adoracao ao Diabo existia o convicto argumento de deidades femininas padroeiras ou simplesmente como a Deusa das Bruxas. Referências existem, até demais. Exemplos clássicos como Diana, Holda, Mari, Arádia, La Befana...

Diana


Diana é seguramente uma deusa romana. Deusa da lua, da caca e da floresta, casta e similar à deusa grega Àrtemis, porém cada uma possui certas particularidades que as fazem distintas e, às vezes distantes uma da outra. Durante a Idade Média, relatos em demasia de bruxas afirmavam uma estado de arrebatamento íntimo na participacao de vôos noturnos ao Sabath em companhia de uma figura feminina, em tal época, localidades e regioes está figura era chamada, Diana. Nao é à toa que Diana é uma deusa intrinsecamente ligada às bruxas. A analogia decorre da gama de associacoes com outras figuras femininas por toda a Europa. Diana através do epíteto de Lucífera é a correspondente de Hécate, a deusa grega das bruxas e dos mistérios ocultos. No sincretismo acabou por Nossa Senhora da Guia. Tanto Diana Lucífera assim como Hécate, em contos e lendas, as duas carregam em ambas das maos tochas que num sentido esotérico, significam a luz do conhecimento. Diana é representada nas imagens em constante companhia de um cervo (ou um belo rapaz). O cervo está ligado com a forma mais antiga do deus da caca e da floresta. Esse par de deuses estao conectados às fadas e aos elfos. Na Itália, La Befana é uma fada que no folclore italiano traz presentes na véspera do dia de reis. Também outra correspondente de Diana. Relatos de cultos à Diana trouxeram remanescentes consideracoes de um culto de fertilidade ainda forte na época, e alguns autores impertinentes chamam a este(s) culto(s) de "religiao diânica". Já foi relatado em estudos específicos que tal religiao nunca existiu, reparando na informalidade de práticas bruxas e nas diversas prepoderâncias instáveis na Idade Média. Diana na verdade seria uma identidade à deusa bruxa em específica regiao da Europa e os vestígios de cultos pagaos de fertilidade nao alimentam argumentos conservadores. Apenas florescem de forma inteligível o quanto estavam vivos dentro do folclore e sincretismo local.

Herodíade

Se falarmos de Diana temos também que enunciar sobre Herodíade/Heródias ou a Arádia. Aqui me utilizo apenas por Herodíade. Herdodíade é uma personagem bíblica, uma princesa judia e condiz de cincho obscuro com Diana. Na Idade Média, assim como Diana, Herodíade foi dilatada como a mestra/deusa das bruxas. Ao certo nao se sabe como Herodíade originalmente uma princesa judia filha de Aristóbulo IV e neta de Herodes, tornou-se associada com Diana e nem de sua relacao com bruxaria. É controversa a afirmacao de que o sincretismo feito entre a deusa grega Hera e a romana Diana tenham resultado no nome Heradiana e posteriormente foi interpretada como Herodias, Herodíade. O folclorista Charles G. Leland relata em seu livro (Arádia, O Evangelho das Bruxas), um culto de bruxas italianas que adoravam Arádia e Diana. Notavelmente os nomes Arádia e Herodias sao bem próximos, uma corrupcao de nomes. Em 1390, mulheres foram denunciadas por um inquisidor milanês de terem participado assiduamente do jogo de Dianas invocam Herodias. Porém, em tal culto, as tais mulheres acusadas usavam a imagem da "Madona do Oriente". A imagem da Madona é outra forma camuflada sob a essência crista de deusas pagas ligadas às bruxas. O jogo ou culto, as mulheres, no caso duas, uma respondia através de Oriente coisas futuras, ensinamentos e informacoes. A outra aprendia a arte das ervas, antídotos e remédios para doencas, protecao contra o mal e afastar malefícios. O mérito era propor melhorias, bens materias, boas colheitas, gados ao povo e a adoracao de Cristo e o outros santos, tinha o mesmo propósito que o da Oriente. Essas mulheres sacrificavam bois e comiam a sua carne. Depois pegavam os ossos e os colocavam dentro da pele dos animais mortos. A Madonna do Oriente depois tocava com a ponta da sua varinha e os bois ressuscitavam.

Holda

Holda é tao bem conhecida na mitologia germânica. Com bravas correspondências com Diana romana, é a deusa das bruxas e se encontra no Venusberg. Também protetora das criancas e dos afazeres domésticos. É bem mais provável que Holda seja uma figura mais forte na analogia com as bruxas que Diana. Além do forte sincretismo entre as duas e as consideracoes favoráveis fazem delas um reflexo de ambas. Conhecida também como Dama Holda, Frau Holle, Herodiana, Senhora Benzoina e tantos outros nomes. Holda seria a deidade primária das bruxas. Holda é frequentemente vista como uma deusa benevolente, e a traducao do seu nome denota isso, a amigável. A Rainha das Bruxas, um outro título e vários relatos afirmam que bruxas a acompanhavam levando criancas nao batizadas às cacadas selvagens da deusa. Vários tipos de magias eram associadas à Holda. A magia com nó, deslocamento de formas, vôos (noturnos) usando pocoes e feiticos estranhos, principalmente o trabalho em transe. O uso medicinal das ervas também lhe é associado.

Mari

Na mitologia basca, Mari é a deusa associada com bruxas, que entre os bascos sao conhecidas como as caminhantes noturnas. As bruxas no imaginário popular se encontram à noite em algum lugar misterioso, vao de encontro em vôos ao sabath para se juntarem com o Diabo, copular com o mesmo, apresentarem os novos bruxos... Mari era conhecida como Dama ou Senhora e seria também uma outra deidade primária das bruxas. Chegando a ser conhecida e ligada à Holda do folclore germânico. Ela é a deusa principal na mitologia basca. Seu consorte era um deus serpente ou dragao que vivia na lua. No folclore britânico, Caim vive na lua, o Homem da Lua na literatura infantil. Tal como era o regente deste reino lunar, morada dos mortos. Seria interessante notar que Caim, o primogênito e o que transporta o sangue bruxo esteja em total encontro com as deidades femininas ligadas à bruxaria. Em Arádia, ele aparece em um feitico. Caim ou Caino em outras versoes e literaturas ocultistas é um demônio invocado através do uso de água e outras coisas para o banimento e purificacao
A representacao de Mari a demonstra uma mulher jovem e muito bela, voando com uma bola de fogo conjurando tempestades. Maria tornou-se a corruptela para Mari, a Igreja a associou com a Virgem Maria pelo motivo dos pagaos abracarem a nova religiao.

Deusa Mãe e Deus Pai


O Divino Feminino

A Deusa foi a primeira divindade cultuada pelo homem pré-histórico. As suas inúmeras imagens encontradas em vários sítios históricos e arqueológicos do mundo inteiro representavam a fertilidade - da mulher e da Terra. Por ser a mulher a doadora da vida atribuiu-se à Fonte Criadora Universal a condição feminina e a Mãe Terra tornou-se o primeiro contato da raça humana com o divino.

Mas afinal, quem é essa Deusa? Só o fato de termos que fazer essa pergunta demonstra o quanto nossa sociedade ocidental formada sob a égide da mitologia judaico-cristã se afastou de nossas origens. Fomos criados condicionados por uma cosmologia desprovida de símbolos do Sagrado Feminimo, a não ser Maria, Mãe Divina, que não tem os atributos divinos, que são reconhecidos apenas ao Pai e ao Filho e é substituida na Trindade pelo conceito de Espírito Santo. Maria é, quando muito, a intermediária para a atuação dos poderes do Deus... "peça à Mãe que o Filho concede..." Mas Maria não é a Deusa, senão um de seus aspectos mais aceitos pela sociedade patriarcal, de coadjuvante do Deus, reproduzindo o fenômeno social do patriarcado em que a mulher auxilia o homem, mas sempre lhe é inferior e, por isso, deve submeter-se à sua autoridade.

Não somos feministas nem queremos partir para discursos feministas, mas tão somente constatar que a ausência de uma Deusa nas mitologias pós-cristãs se deve ao franco predomínio do patriarcado. Predomínio esse que nos trouxe, ao final do século XX, a uma sociedade norteada pelos valores da competição selvagem, da sobrevivência do mais forte, da violência ao invés da convivência, do predomínio da razão sobre a emoção. Mas a Deusa está ressurgindo. Desde a década de 60, reafirmando-se nas últimas, a descoberta da Terra como valor mais alto a preservar sob pena de não mais haver espécie humana fez decolar a consciência ecológica e o renascimento dos valores ligados à Deusa: a paz, a convivência na diversidade, a cultura, as artes, o respeito a outras formas de vida no planeta.

Cultuar a Deusa hoje significa reconsagrar o Sagrado Feminino, curando, assim, a Terra e a essência humana. Quer sejamos homens ou mulheres, sabemos que nossa psique contém aspectos masculinos e femininos. Aceitar e respeitar a Deusa como polaridade complementar do Deus é o primeiro passo para a cura de nossa fragmentação dualística interior. A Deusa é cultuada como Mãe Terra, representando a plenitude da Terra, sua sacralidade. Sobre a Terra existimos e, ao fazê-lo, estamos pisando o corpo dela, aqui e agora, muito diferente da crença em um deus Onipotente e distante, que vive nos céus. A Deusa é a Terra que pisamos, nossos irmãos animais e plantas, a água que bebemos, o ar que respiramos, o fogo do centro dos vulcões, os rios, as cores do arco-íris, o meu corpo, o seu corpo... A Deusa está em todas as coisas... Ela é Aquela que Canta na Natureza... O Deus Cornífero seu consorte, segue sua música e é Aquele que Dança a Vida... Cultuar a Deusa não significa substituir o Deus ou rejeitá-lo. Ambos, Deus e Deusa são da mesma moeda, as duas faces do Todo. A Deusa é a criadora primordial, o Deus o primeiro criado, e sua dança conjunta e eterna, em espiral, representa a eterna dança da vida.

A Deusa também é a Senhora da Lua e, mais uma vez, a explicação desse fato remonta às cavernas em que já vivemos. O homem pré-histórico desconhecia o papel do homem na reprodução, mas conhecia muito bem o papel da mulher. E ainda considerava a mulher envolta em uma aura mística, porque sangrava todo mês e não morria, ao passo que para qualquer dos homens sangrar significava morte. Portanto, a mulher devia ser muito poderosa, ainda mais que conhecia o "segredo" de ter bebês... É fácil entender porque a mulher era identificada com a Deusa, ou, melhor dizendo, porque a primeira divindade conhecida tinha que ter caracteres femininos... Ainda mais quando as pessoas descobriram que a gravidez durava 10 lunações e a colheita e o suceder das estações seguia um ciclo de 13 meses lunares. O primeiro calendário do homem pré-histórico foi mostrado nas mãos da famosa estatueta da Vênus de Laussel, que segura em sua mão um chifre em forma de crescente, com 13 talhos que representam as lunações. Por sua conexão com a Lua e a mulher, a Deusa é cultuada em 3 aspectos: a Donzela, que corresponde à Lua Crescente, a Mãe representada na Lua Cheia e a Anciã, simbolizada na Lua Decrescente, ou seja, Minguante e Nova.

Na tradição da Deusa a Donzela é representada pela cor branca e significa os inícios, tudo o que vai crescer, o apogeu da juventude, as sementes plantadas que começam a germinar, a Primavera, os animais no cio e seu acasalamento. Ela e a Virgem, não só aquela que é fisicamente virgem, mas a mulher que se basta, independente e autosuficiente. Como Mãe a Deusa está em sua plenitude. Sua cor é o vermelho, sua época o verão. Significa abundância, proteção, procriação, nutrição, os animais parindo e amamentando, as espigas maduras, a prosperidade, a idade adulta. Ela é a Senhora da Vida, a face mais acolhedora da Deusa.

Por fim, a Deusa é a Anciã, que é a Mulher Sábia, aquela que atingiu a menopausa e não mais verte seu sangue, tornando-se assim mais poderosa por isso. Simboliza a paciência, a sabedoria, a velhice, o anoitecer, a cor preta. A Anciã também é a Deusa em sua face Negra da Ceifeira, a Senhora da Morte. Aquela que precisa agir para que o eterno ciclo dos renascimentos seja perpetuado. Esta é o aspecto com que mais dificilmente nos conectamos, porém, a Senhora da Sombra, a Guardiã das Trevas e Condutora das Almas é essencial em nossos processos vitais. Que seria de nós se não existisse a morte? Não poderíamos renascer, recomeçar... Desta forma, é fácil compreendermos porque a Religião da Deusa postula a reencarnação. Se fazemos parte de um universo em constante mutação, que sentido haveria em crermos que somos os únicos a não participar do processo interminável da vida-morte-renascimento? Essa realidade existe no microcosmo do ciclo das estações, da colheita que tem que ser feita para que se reúnam as sementes e haja novo plantio.

É justamente por isso que aqueles que seguem o Caminho da Deusa celebram a chamada Roda do Ano, constituida pelos 8 Sabbats que marcam a passagem das estações. Ao celebrar os Sabbats cremos que estamos ajudando no giro da Roda da Vida, participando assim de um processo de co-criação do mundo. Submeter-se à sua autoridade.

Por tudo o que dissemos fica fácil entender porque os caminhos, cultos e tradições centrados na Deusa são religiões naturais, fundamentadas nos ciclos da natureza e no entendimento de seus elementos e ritmos. Estas práticas de magia natural usam a conexão e correlação dos elementos da natureza - Água, Terra, Fogo e Ar, as correspondências astrológicas (signos zodiacais, influências planetárias, dias e horários propícios, pedras minerais, plantas, essências, cores, sons) e a sintonia com os seres elementais (Devas Guardiões dos lugares, Gnomos, Silfos, Ondinas, Salamandras, Duendes e Fadas).


A Deusa e o Deus

"Todas as Deusas são uma só Deusa, todos os Deuses são um só Deus."

Conquanto a Deusa presida a pulsação vital constante do Universo, é imprescindível que entendamos o papel do Deus. Ela é a Senhora da Vida, mas Ele é o Portador da Luz; Ela é o ventre, Ele o falo ereto; Ela gera a vida, Ele é a faísca que inicia o processo, em plena harmonia, sem predomínios nem competições, mas pela completa união... Ambos parceiros no desenrolar da música e dança que criam e recriam o universo ainda hoje... Na Primavera Ela é a Donzela, Ele o Deus Azul do Amor... No verão ela é a Mãe, grávida, ele o Galhudo, o Deus da Vegetação e dos Animais, Cernnunnos... No outono ele desce para o Mundo Subterrâneo, como o Deus Negro do Mundo Inferior, do sacrifício e da Morte e Ela a Anciã que abre os portais e o acolhe durante sua transmutação. No inverno ele renasce do próprio ventre escuro da Deusa, que quase torna, assim, a um só tempo, sua consorte e sua mãe...

O Deus Cornífero

O Deus realmente é deixado de lado muitas vezes nos cultos pagãos, como se a energia da Deusa pedisse essa dedicação exclusiva. Isto é verdade em parte, porque, não é possível cultuar o Deus adequadamente enquanto não mergulharmos na Deusa e nos despirmos do Deus do patriarcado.

Quando no curso de nosso caminho - e isso demora até anos (mas vaira muito de pessoa para pessoa) - está na hora do Deus voltar, a própria Deusa nos mostra seu Filho, Consorte, Defensor, Ancião. O Deus aparece, tríplice como a Deusa.

O Deus Jovem é, antes de tudo, a Criança da promessa, a semente do sol no meio da escuridão. Depois, é o Garoto do Pólen, o fertilizador em sua face mais juvenil, e traz a energia da alegria de viver, o poder de se maravilhar ante as descobertas da vida, é o experimentador, a face mais sorridente do sol matinal.

Daí surge o Deus Azul do Amor, o rapaz que cresceu e chegou na adolescência e desabrocha em beleza e masculinidade, é o Jovem Deus da Primavera, percorre as Florestas e acorda a natureza. Ele é o Apaixonado, aquele que primeiro busca a Deusa como a Donzela e propicia o encontro... Ele é o Deus da sedução ainda inocente, que não conhece os mistérios da Senhora ainda... ele é toda possibilidade.

Depois ele é o Galhudo e o Green Man... O Deus é o macho na sua plenitude, O Senhor dos Chifres que desbancou o gamo-rei anterior, ele é força e poder, músculos e vitalidade, ele cheira a sexo e promessas. Ele é o Grande Amante, atraído irresistivelmente pela Senhora ele é o Provedor, o Sustentador, o Senhor Defensor. Ele é o Senhor das Coisas Selvagens, o Deus da Dança da Vida, O Falo Ereto, O Fertilizador. Como Green Man ele também é o Senhor da Terra e sua abundância, o parceiro da Senhora dos Grãos. O Senhor dos Brotos, aquele que cuida dos frutos e os distribui pela terra.

Mas o Deus é também O Trapaceiro, o Senhor da Embriaguez, o Desafiador e o Ancião da Justiça. Ele nos faz seguir um caminho e nos perdemos para conhecer o pânico de Pan... ele nos deixa loucos como Dionisio, ou perdidos nos devaneios de Netuno... ele é o Desafiador, seja nos duelos, seja na guerra, na luta pela sobrevivência... ele é caprichoso e insidioso, ele nos engana, nos deixa desesperados e sorri - porque esse é seu papel; estimular o novo, mostrar que nosso desespero é inútil e só nos escraviza...

Como a Deusa, Ele está na fome e no fim da fome, na vida e na doença terminal, na luz e na sombra, no que é bom para você e no que é mau... A Deusa nunca está só, ela tem sua contraparte masculina e, no entanto, Ele só existe por amor a Ela... alias, todos nós somos fruto dessa dança de amor. O Deus é o Ancião sábio, o distribuidor da Justiça, seja a que se impõe com sabedoria ou raios... Ele conhece os segredos dos oráculos, mas sabe que são Dela... ele é o repositório do conhecimento, mas a sabedoria é Dela... ele lê os sinais da natureza, mas sabe que quem os escreve é Ela.

E o velho sábio vai murchando e se transforma no Senhor da Morte... ele que é o Senhor de Dois Mundos, pois no ventre dela, de volta, ele vive sua morte e a própria ressurreição. Mistério e segredo, morte e retorno, Ele é o que atravessa os portais dos quais Ela é a Senhora. Ele, o Caçador, que também faz o papel de Ceifador... Ele que ronda o leito dos moribundos e dança a dança da morte. O Senhor dos esqueletos.

Ele que na dança da morte retoma o brilho do sol e sua face negra se ilumina, em uma explosão impossível de conter, e Lugh nasce outra vez...

Ele que é Pai, Filho, Bebê Iluminado, Amante Selvagem, Sábio Educador... ele, o Deus que se revela apenas pela Deusa.

Alguns exemplos de deusas.
Exemplos de deusas mães

Não há disputas sobre fato de muitas culturas antigas adorarem deidades femininas como parte de seus panteões que encaixam com a concepção moderna de «deusa mãe». As seguintes são exemplos:

Deusas sumérias, mesopotâmicas e gregas

Tiamat na mitologia suméria, Ishtar (Inanna) e Ninsuna na caldeia, Asherah em Canaã, Astarté na Síria e Afrodite na Grécia, por exemplo.

Deusas celtas

A deusa irlandesa Anann, às vezes conhecida como Dana, tem um impacto como deusa mãe, a julgar pelo Dá Chích Anann cerca de Killarney (Condado de Kerry). A literatura irlandesa nomeia a última e mais favorecida geração de deuses como ‘o povo de Danu’ (Tuatha de Dannan), Ceridween.

Deusas nórdicas

Entre os povos germânicos provavelmente foi adorada uma deusa na religião da Idade de Bronze Nórdica, que mais tarde foi conhecida como Nerthus na mitologia germânica, e que possivelmente seu o culto persistiu no culto a Freya da mitologia nórdica. Sua equivalente na Escandinàvia era a deidade masculina Njörðr.

Deusas gregas

Nas culturas do Egeu, Anatólia e no antigo Oriente Próximo, uma deusa mãe foi venerada com as formas de Cibeles (adorada em Roma como Magna Mater, a ‘Grande Mãe’), de Gea e de Rea.

As deusas olímpicas da Grecia clássica tinham muitos personagens com atributos de deusa mãe, incluindo Hera e Deméter.A deusa minoica representada em sellos outros restos, a la que os gregos chamavan Potnia Theron, ‘Senhora das Betas’, muitos de cujos atributos foram logo absorbidos também por Artemisa, parece haver sido un tipo de deusa mãe, pois em algumas representações amamanta a los animales que sostienen. La arcaica diosa local adorada en Éfeso, cuja estatua de culto se adornaba con collares e fajas dos que colgavam protuberancias redondas,mais tarde identificada porlos helenos como Artemisa, foi provavelmente também uma deusa mãe.

A festa de Anna Perenna dos gregos e romanos no Ano Novo, sobre o 15 de março, cerca do equinócio do inverno, pode haver sido una festa da deusa mãe. Dado que o Sol era considerado fonte de vida e alimento, esta festa também se asemelhavam com a deusa mãe.

Deusas romanas

A equivalente de Afrodite na mitologia romana, Vênus, foi finalmente adotada como figura de deusa mãe. Era considerada a mãe do povo romano, por ser a de seu ancestrau, Eneas, e antepassado de todos os subsiguientes governantes romanos. Na época de Júlio César se apodava Vênus Genetrix (‘mãe Venus’).

Magna Dea é a expressão latina para ‘Grande Deusa’, e pode aludir a qualquer deusa principal adorada durante a República o Império romanos. O título Magna Dea podia aplicar se a uma deusa a origem de um pantão, como Juno ou Minerva, ou a uma deusa adorada monoteísticamente.

Deusas mães túrquicas siberianas

Umai, também conhecida como Ymai o Mai, é a deusa mãe dos turcos siberianos. Se representa com sessenta tranças douradas, que parecem raios de sol. Se crêem que uma vez foi idêntica a Ot dos mongóis.

Conceitos de deusas mãe no hinduísmo
A deusa Durga é considerada como a deusa mãe suprema por alguns hindus.


No contexto hinduista, o culto a a deusa mãe pode seguir se até as origens da cultura védica, e talvez mais além. O Rig Veda chama o poder divino feminino Mahimata, um termo que significa literalmente ‘mãe terra’. Em alguns lugares, a literatura védica alude a ela como Viraj, a mãe universal, como Aditi, a mãe dos deuses, e como Ambhrini, a nascida do Oceano Primordial. Durga representa o poder e a natureza protetora da maternidade. Uma encarnação de Durga é Kali, que nasceu de sua frente durante a guerra (como medio para derrotar o enimigo de Durga, Mahishasura). Durga e suas encarnações são especialmente adoradas em Bengala.

Atualmente, Devi é considerada em múltiples formas, todas representando a força criativa do mundo, como Maya e prakriti, a força que galvaniza a raíz divina de a existência em autoproyección como el cosmos. No es pues meramente a terra, inclusive aunque esta perspectiva sea cubierta por Párvati (a encarnação previa de Durga). Todas as diversas entidades femininas hinduistas são consideradas como muchas facetas de a misma Divinidade feminina.


Shaktismo

Conceito de Deusa Mãe no Paganismo

As religiões pagãs são, no ocidente, aquelas que mais focalizam seus cultos em uma Deusa Mãe.

Na religião Wicca acredita-se em uma força superior, a Grande Divindade, de onde tudo veio. Essa força superior é adorada sob a forma de duas divindades básicas: A Grande mãe e O Grande Pai. Esse Casal Divino representa todos os demais deuses das diversas mitologias adotadas pelos wiccanos. Como algumas tradições wiccanas seguem uma infinidade de Deusas e Deuses, a crença pagã é que todas essas deusas e todos esses deuses são aspectos diferentes dA Grande Deusa e dO Grande Deus. Daí o ditado da Wicca que diz que "Todas as deusas são uma Deusa e todos os deuses são um Deus”.

A Deusa Mãe é a geratriz de Todo o Universo e de tudo o que ele contém, daí a frase: "Tudo vem dA Deusa e tudo para ela retorna".

Uma conseqüência do culto à Deusa Mãe na Wicca é a super-valorização da natureza, justificada pela sua ligação à Terra, na forma de Gaia.

Além da Terra, outro símbolo muito importante dA Deusa é a Lua, onde se manifesta de três maneiras, na forma de Deusa Tríplice, sendo a Lua Cheia associada ao seu aspecto de Deusa Mãe.

Uma questão que muitas vezes se levanta na Wicca é se A Deusa é mais importante do que O Deus. O que se pode dizer é que é uma discussão inócua. A Deusa e O Deus são de igual importância na Wicca. As duas divindades básicas da Wicca são complementares. Não há hierarquia entre elas.

Deusa Kali


Kali, do sanscrito Kali ???? (que significa, literalmente, A Negra), é uma das divindades mais cultuadas do Hinduismo. Apresenta-se com aspecto terrível e sua tradição inclui sacrifícios animais e antigamente humanos -- segundo observado ainda pelos colonizadores ingleses no século XIX.

No entanto, no paganismo ela é a verdadeira representação da natureza e é também considerada por muitas pessoas a essência de tudo o que é realidade e a fonte da existência do ser. Deusa da morte e da sexualidade, Kali - cujo nome, em sânscrito, significa “negra” - é a esposa do deus Shiva, segundo o tântrismo é a divina Mãe do universo, destruidora de toda a maldade. É representada como uma mulher exuberante, de pele escura, que traz um colar de crâneos em volta do pescoço e uma saia de braços decepados - expressando, assim, a implacabilidade da morte.

Mas Kali não é uma deusa do mal pois, na verdade, seu papel de ceifadora de vidas é absolutamente indispensável para a manutenção do mundo. Seus devotos são recompensados com poderes paranormais e com uma morte sem sofrimentos.

Kali é a destruidora do demônio Raktabija. Ela é também uma das formas da deusa Parvati, esposa de Shiva.

Shiva ou Xiva é um deus ("Deva") hindu, o Destruidor (ou o Transformador), participante da Trimurti juntamente com Brama (Brahma), o Criador, e Vixnu (Vishnu), o Preservador.

Uma das duas principais linhas gerais do hinduísmo é chamada de xivaísmo, em referência ao deus.

Na tradição hindu, Shiva é o destruidor, que destrói para construir algo novo, motivo pelo qual muitos o chamam de "renovador" ou "transformador". Suas primeiras representações surgiram no período Neolítico (em torno de 4.000 a.C.) na forma de Pashupati, o "Senhor dos Animais". A criação da ioga, prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto, intimamente ligada à transformação, é atribuída a ele.

Shiva é o deus supremo (Mahadeva), o meditante (Shankara) e o benevolente, onde reside toda a alegria (Shambo ou Shambhu).

A figura da deusa tem quatro braços, o corpo pintado de vermelho sombrio, os olhos ferozmente arregalados, os cabelos revoltos, a língua pendente, os lábios tintos de hena e bétele. No pescoço traz um colar de cabeças humanas, e os flancos, uma faixa de mãos decepadas. Sempre é representada em pé sobre o corpo caído de seu esposo Shiva.

Na mitologia hindu, Vixnu (em hindi, ??????, transl. Vishnu, da raiz sânscrita vishva, "tudo"), juntamente com Shiva e Brahma formam a Trimurti, a Trindade Hindu, na qual Vixnu é o deus responsável pela manutenção do universo.

Nas duas representações comuns de Vixnu, ele aparece flutuando sobre ondas em cima das costas de um deus-serpente chamado Shesh Nag, ou flutuando sobre as ondas com seus quatro braços, cada mão segurando um de seus atributos divinos, uma concha, um disco de energia, um lótus e um cajado.

A concha se chama Pantchdjanya, que têm nela todos os cinco elementos da criação: ar, fogo, água, terra e éter. Quando se assopra nessa concha, pode se ouvir o som que deu origem à todo o universo, o Om

O disco, ou roda de energia de Vixnu, se chama Sudarshana, e representa o controle dos seis sentimentos, servindo de arma para cortar a cabeça de qualquer demônio.

O Lótus de Vixnu, se chama Padma, e é o símbolo da pureza e representa a Verdade por trás da ilusão.

O cajado de Vixnu, se chama Kaumodaki, ele representa a força da qual toda a força física e mental do universo são derivadas.

Segundo o hinduísmo, Vixnu vem ao mundo de diversas formas, chamadas avatares, que podem ser humanas, animais ou uma combinação dos dois. Todos esses avatares aparecem ao mundo, quando um grande mal ameaça a Terra, no total, existem dez avatares de Vixnu, das quais nove já se manifestaram no nosso mundo - sendo Rama e Críxena os mais conhecidos - e outra ainda está por vir. São elas:

* Matsya, o Peixe;
* Kurma, a Tartaruga;
* Varaha, o Javali;
* Narasimha, o Homem-Leão;
* Vamana, o Anão;
* Parashurama, o Homem com o machado;
* Rama
* Críxena
* Buda, o Iluminado (Sidarta Gautama) Nota: segundo os budistas, há 24 budas, que não são encarnações de Vishnu, um deus de outra religião. Sidarta Gautama, o Buda histórico, foi um dos Budas.
* Kalki, o espadachim montado a cavalo que ainda está por vir.

A esposa de Vishnu é a deusa Lakshmi, deusa da prosperidade e sorte que o acompanha encarnado na terra como esposa de seus avatares. Seu veículo é Garuda, a águia gigante. Vixnu tem uma forte relação com a água (Nara), tanto que um de seus nomes é Narayana, aquele que flutua sobre as águas. Ele é representado ao lado de uma Serpente com muitas cabeças, já mencionada anteriormente. Do seu umbigo, nasce uma flor de Lótus da qual emerge Brama, o deus criador do universo.

Ardhanaríshvara

O lado direito da estátua é claramente masculino, apresentando os atributos de Shiva: a serpente, o tridente, etc. Do lado esquerdo, vemos uma figura feminina, com os trajes típicos, o brinco feminino, etc. Esse aspecto de Shiva representa a união cósmica entre o princípio masculino (Shiva) e o feminino (Parvati), entre a consciência (Shiva) e a matéria (Parvati).

As cobras que Shiva usa como colares e braceletes simbolizam o seu triunfo sobre a morte, a sua imortalidade.

O filete de água que se vê jorrar de seus cabelos é o rio Ganges. Conta a lenda que o Ganges era um rio muito revolto que corria na morada dos deuses. Os homens pediram para que o rio corresse também na terra. Porém, o impacto da queda de água seria muito violento. Para resolver o problema, Shiva permitiu que o rio escorresse suavemente para a terra pelos seus longos cabelos.

Sendo o asceta eremita da Trimurti, Shiva é considerado o criador do Yôga, que teria ensinado pela primeira vez a sua esposa Parvati.

DEUSA DURGA


Jay Durga,

Neste momento, é celebrado o Navaratri, festival em homenagem à deusa Durga e sua vitória sobre as forças escurecidas. Durante o festival, é recitada a escritura sagrada Devi Mahatmya. O que segue é um dos principais hinos dessa escritura:

Shakradi Stuti (Devi Mahatmya)

Que a Devi conceda-nos o bem. Ela é a forma perfeita dos poderes de incontáveis devas,
a Mãe adorada pelos deuses e sábios. Este mundo surgiu de seu poder.

Chandika possui incomparável majestade e poder que nem mesmo os grandes deuses podem declarar. Que Ela volte-se para nós e destrua o medo e proteja todo o mundo.

Nós nos curvamos a Ela, que é o próprio bom destino na casa dos virtuosos,
Mau destino na casa dos pecadores,
Razão no coração dos sábios,
Fé no coração dos bons,
Modéstia no coração daqueles de nascimento superior.
Proteja este universo, ó Devi!

Como podemos descrever tua forma transcendental,
Ou tua força imensamente abundante que destruiu os asuras (demônios),

Tu és a causa de todos os mundos,
Tua substância é a união das três gunas,
E, em Ti, nenhuma mácula é conhecida.
Tu és o refúgio de tudo.
Todo o mundo é apenas uma parte de Ti,
Ó, Imanifesta, primordial e suprema Prakriti!

O mito da deusa Durga-Kali está narrado num shastra chamado Devimahatmyam. A Grande Deusa é criada pelos poderes de Brahmá, Vishnu e Shiva, junto com os devas, ou deuses menores. Ela encarna a totalidade dos poderes divinos (nossas virtudes e nossa força interior) para combater e aniquilar o búfalo-demônio, Mahishasura (que representa o egoísmo, o vício e a ignorância que moram dentro de cada um de nós). É por isso que Durga-Kali é igualmente chamada Mahishasuramardini, ou a matadora de Mahishasura.
"Inclinamo-nos perante ti. És a boa fortuna dos virtuosos, a inteligência nos corações dos eruditos, a fé no coração dos bons, a modéstia no coração dos justos. Que possas sempre proteger o universo."
OM NAMAH DURGA!
JAY MATA DURGA!

O festival de Durga Puja é observado duas vezes ao ano, no mês de Chaitra e no Aswayuja. Este último por nove dias, em homenagem as nove manifestações de Durga. Durante o Navaratri – a palavra significa “nove noites”, os devotos de Durga observam jejum. O Brahmanas são alimentados, e orações são oferecidas para a proteção da saúde e propriedades.
No início do verão, e no início do inverno, a duas conjunções importantes de clima bem como de influência solar. Estes dois períodos são tidos como oportunidades sagradas para a adoração a Mãe divina. Eles são, respectivamente, Rama-Navaratri em Chaitra – Abril-Maio, e no Durga-Navaratri, em Aswayuja, Setembro-Outubro. Os corpos e mentes das pessoas experimentam uma considerável mudança em virtude das mudanças da natureza. Sri Rama é adorado na ocasião do Ramnavmi, e a Mãe Divina durante o Navaratri.
O Durga puja é celebrado em várias regiões da Índia, em diferentes estilos. Mas a meta básica destas celebrações é concilar Shakti, a Deusa no Seu aspecto de poder, para entregar às pessoas riqueza, auspiciosidade, prospetidade, conhecimento (tanto o sagrado como o secular), e todos os outros poderes potentes. Qualquer que seja um pedido particular ou especial que cada um possa colocar diante da Deusa, qualquer que seja o favor que alguém peça para Ela, e alguém pensa por detrás de todas as conciliações, adora e liga-se com Ela. Não há outro propósito. Isto será efetuado de modo consciente ou inconsciente. Cada um é abençoado com Sua amável misericórdia, e será protegido por Ela.
O Durga puja inicia no primeiro e encerra no décimo dia da luz minguante, de Aswayuja, entre Setembro e Outubro. Este dia é referenciado como a comemoração da vitória de Durga sobre Mahishasura, o demônio com cabeça de búfalo. Na Bengala, a imagem de Durga é adorada por nove dias, e, então, a Deidade é levada para o rio. O décimo dia é chamado de Vijaya Dasami ou Dussera (o décimo dia). Uma procissão com a Sua imagem tem lugar ao longo das ruas dos vilarejos e cidades.

A Mãe de Durga (que é a esposa do Rei dos Himalayas), desejou ver Sua filha. Durga teve a permissão do Senhor Siva para ir ver a Sua amada mãe apenas por nove dias no ano. O festival de Durga Puja assinala esta breve visita e termina com o dia Vijaya Dasami, quando a Deusa Durga deixou a Sua mãe para retornar ao Monte Kailas. Esta é a visão de alguns devotos de Durga.

A adoração de Devi, a Mãe Universal, leva ao alcance do conhecimento do Ser. A história do Kena Upanishad, conhecida como “Yaksha Prasna”, mantém esta visão. Ela nos diz que Uma, a Mãe Divina, ensinou a Verdade para os deuses. A Deusa Shakti assim distribuiu a sabedoria para Seus devotos.

Dias (três primeiros dias) ? Divina Durga

Maha Durga (a grande Durga) é a Shakti (energia feminina ou consorte) do Senhor Shiva, aquele que corresponde ao terceiro aspecto da Trimurti (Trindade Hindu) e representa os aspecto Destruidor/Transformador de Deus. Sendo assim, ela manifesta o poder destruidor de Shiva, que é a característica da Guna (qualidade) tamásica, representada pela cor preta.

Durga vence a escuridão, destruindo a ignorância para que a transformação possa ocorrer. Aquela que remove os obstáculos

108 Gayatri / Om Dum Dhurge Namaha



Dias (quarto ou sexto dia) ? Divina Lakshimi

MahaLakshmi (a grande Lakshmi) ou Sri Lakshmi (literalmente, "marca"), é a Devi que corresponde ao Senhor Vishnu, o aspecto Preservador/Conservador da Trimurti. Como sua Shakti (energia feminina), ela representa a qualidade rajásica (atividade), necessária para garantir a preservação da Criação.

Lakshmi simboliza o poder do pensamento purificado e é a encarnação do amor e da misericórdia, por isso, o órgão que a representa é o coração e sua cor é o vermelho. Aquela que promove prosperidade.

Ordem Rosa Cruz


Lendo sobre a origem da Rosacruz, você vai aprender um pouco mais sobre o início do Cristianismo e do Judaísmo. Afinal é fato histórico que o faraó Akenaton foi o precursor do Monoteísmo e e que os monastérios franciscanos foram inspirados nas escolas-de-mistérios egípcias.
ORIGEM DA ROSA CRUZ:
Falar de sua origem é muito complicado, nem os próprios rosacruzes chegam a um consenso sobre o assunto. A princípio essa ordem teria surgido na Alemanha do século XVII, o que pode ser comprovado através de documentos impressos. Mas recentemente foram encontrados escritos rosacruzes, anteriores ao nascimento da AMORC. O que sugere uma data mais antiga.
Tradicionalmente seu nascimento teria ocorrido em algum período da era cristã. Entenda-se por tradicionalmente a história contada oralmente, de pai para filho.
Muitos rosacruzes acreditam que o fundador da fraternidade teria sido o faraó Akhenaton à quase três mil e quinhentos anos atrás . Este faraó teria recebido influências da escola-de-mistérios criada pelos altos sacerdotes do Egito antigo à quatro mil anos atrás.
A ordem obedece a um ciclo de atividades e outro de inatividades, onde assume uma postura de ações secreta ou não. Cada ciclo dura aproximadamente 108 anos. Hoje a Rosacruz se encontra em atividade desde 1915.
O INÍCIO-4000 ANOS ATRÁS:
Nesta época o velho Egito atingiu um grau elevado da sua evolução, a religião e os conhecimentos científicos se fundiram.
Para preservar esses conhecimentos foram criadas as escolas-de-mistérios (mistério significa conhecimento), administrada pelos sacerdotes que costumavam manter em segredo seus conhecimentos afim de controlar e ampliar seu poder sobre o faraó e seu povo. Portando na maioria das vezes não ocorria o registro em papiros desses mistérios.

O faraó Ahmose I ( 1580 a.C. ), foi o primeira a dirigir essa classe, antes governada pelos altos sacerdotes do Egito.
Seu governo foi caracterizado pela introdução de princípios mas civilizados para o povo. Seus descendentes continuaram a dirigir a escola de mistério.
Ahmose I foi sucedido por Amenhotep I e este por Thutmose I que teve uma filha Hatshepsut, que governou o Egito como um rei e também como co-regente com seu meio-irmão Thutmose II.
A PRIMEIRA REUNIÃO:
A primeira reunião teria ocorrido no dia 1º de abril de 1489 a.C., no Templo de Kanark. A partir desta data, passaram a se reunir todas as quintas-feiras subseqüentes.
O PRIMEIRO NOME DA FRATERNIDADE:
A princípio, Thutmose III não escolheu nenhuma denominação para o grupo. Posteriormente não foi usado nenhum nome parecido ou derivado da palavra rosacruz. Essa Fraternidade não era a Rosacruz no sentido de hoje. A Ordem Rosacruz apenas tem suas raízes na antiga Fraternidade do faraó Thutmose III.
O PRIMEIRO SIMBOLO:
Thutmose III usava sua insígnia pessoal, um escaravelho, que se tornou selo da ordem e hoje é usado pelos rosacruzes.
AMENHOPET IV:
Após A morte de Thutmose III, seu filho Amenhopet II passa a reger e assume os encargos do pai na fraternidade em setembro de 1448 a.C.. Em 1420 a.C. foi sucedido por seu filho, Thutmose IV, e este por Amenhopet III, que finalmente foi sucedido por seu filho Amenhopet IV, que particularmente é importante na história da Ordem Rosacruz. Considerado o primeiro Grande Mestre da Ordem, seu reinado é marcado pela instauração do conceito monoteísta. Amenhopet IV nasceu no palácio real em Tebas, provavelmente no dia 24 de novembro de 1378 a.C. e sua mãe chamava-se Tii.

Foi coroado aos 11 anos de idade. Seu pai construíra o templo de Luxor, dedicado a fraternidade. Na época de sua coroação o mestre era Thehopset e a fraternidade contava com 238 Frates e 62 Sorores. Amenhotep IV tornou-se Mestre por decreto do conselho, e a solenidade de foi realizada no templo de Luxor, no dia 9 de abril de 1365 a.C. ao pôr do sol.
MONOTEÍSMO:
Amenhotep IV vivia em um país Politeísta (Crença em vários deuses), após obter altos conhecimentos iniciáticos e receber uma revelação de Deus que manifestou-se através do Sol. Ele instaurou aos poucos o Monoteísmo, a crença em um Deus único, criador de tudo o que existe. Esse deus chamava-se Aton, e acabou dando um novo nome ao faraó; Akhenaton (Devoto de Aton). Foi ele quem construiu uma nova capital em El Amarna e um templo em forma de cruz dedicado à Aton.
O TEMPLO EM EL ARMANA:
Neste templo vivia cerca de 236 Frates em regime monásticos. Eles usavam um cordão na cintura e viviam com a cabeça coberta. O sacerdote vestia um sobrepeliz de linho e tinha um corte de cabelo circular na cabeça. (Talvez desta instituição teria surgido outras, com regimes monásticos parecidos, como por exemplo a de São Francisco).
A PRIMEIRA CRUZ:
Akhenaton introduziu a cruz e a rosa como símbolos e adotou a CRUZ ANSATA Como emblema a ser usado por todos os mestres da ordem. Ele faleceu no dia 24 de julho de 1350 a.C.
Historicamente XVIII Dinastia do Novo Império Egípcio foi marcada por Akhenaton e sua luta contra o politeísmo e a crença em Amum.
O conceito de Monoteísmo; "crença em um Deus único e criador de tudo", vem de encontro com o movimento religioso monoteísta do povo hebreu.
Com a morte de Akhenaton, terminou a primeira fase da Fraternidade. E os sacerdotes contrariados retomam o culto politeísta para agradar ao povo.

A SEGUNDA FASE:
Havia planos estabelecidos para o surgimento de outros templos em vários países. Muitos intelectuais gregos buscavam o conhecimento da Fraternidade. Mas um estrangeiro se destacou; era Saloman. Um jovem oriundo da Palestina conhecido como Salomão o buscador. Ele chegou ao Egito por volta do ano 1000 a.C. E acabou entrando para a escola-de-mistérios. Mas ele não completou seus estudos. Foi conselheiro da casa real, no Delta. Mais tarde casou-se com a filha do rei e partiu para Palestina, onde construiu seu famoso Templo.

Outro ícone que passou pelo Egito foi Moises, filho da tribo de Levi, educado no Egito e iniciado em Heliópolis, tornou-se alto Sacerdote da Fraternidade no reinado do Faraó Amenhotep. Após ter sido escolhido pelos hebreus para ser seu líder. Ele estabeleceu um novo ramo da Fraternidade. O dogma do "Deus Único", era interpretação da Fraternidade Egípcia e constituía ensinamentos do Faraó Akhenaton que fundara a primeira religião monoteísta conhecida pelo homem.
INICIADOS FAMOSOS:
Teriam se iniciado nos mistérios da Fraternidade Rosacruz ; Hermes Trimegisto, Pitágoras, Plotino, Manheto, Heráclito, Parmênides e muitos sábios da antiguidade.
Com a expansão do cristianismo a ordem também se expandiu, e muitas personalidades foram iniciadas; Carlos Magno, Raymond VI, Albert Magnus, Tomás de Aquino, Dante Alighieri, René, Bejamin Franklin, Thomas Jefferson, Walt Disney, Fernando Pessoa e muitos outros.
A ORDEM NO MUNDO:
Carlos Magnos dirigiu uma grande escola de sábios. E em 804 fundou uma loja (templo de reunião), e o primeiro grande Mestre da França foi Frees que atuou de 883 a 899. Frees sugeriu a criação de novas lojas na França e em outros países.
Em 1001, na França, foi fundado o primeiro mosteiro já usando o nome Rosacruz.

Nesta época a Alemanha ocupava o primeiro lugar em números de membros, depois vinha a França e em terceiro lugar vinha Inglaterra.
O Egito passou a ter poucos membros.
Durante o século XII, a Ordem se desenvolveu na Alemanha, mas era secreta e inativa em suas manifestações externas. Este período de inatividade duraria cerca de 108 anos. Segundo muitos historiadores a fraternidade funcionava em períodos de atividades e outro de inatividade alternadamente e cada período duraria cerca de 108 anos, porém não se sabe porque esses ciclos foram adotado. Parece que a cada novo ciclo a Ordem renasce e sem ligações com os ciclos anteriores.
NOVO CICLO:
O novo ciclo teve início no ano de 1915, nos Estados Unidos, com a instalação do Imperador Harvey Spencer Lewis.
A diferença nos ciclos de atividade e inatividade, variava de país para país.
Por isso quando a Fraternidade estava ativa na Alemanha, ela estava inativa na França. Esta falta de coincidências dos ciclos dificulta muito os estudos históricos para determinar a origem exata da Fraternidade em cada país.
A MAÇONARIA E A ROSA CRUZ:
Em 23 de julho de 1623, para homenagear seus irmão maços que eram rosacruzes, foi instituído o Grau Rosa-Cruz, da Maçonaria .
É inegável a importância do faraó Akhenaton, com sua rebelião contra o Amunismo (religião politeísta), e sua luta a favor do Deus Único. Historicamente ele teria fundado a primeira religião monoteísta conhecida pelo homem.
Não se pode esquecer que Moises foi criado como filho de faraó, recebeu a educação de um herdeiro, freqüentou as escolas egípcias e provavelmente as escolas-de-mistérios, onde adquiriu o dogma de Monoteísmo, crença em um Deus Único, difundida por Akhenaton.

A Ordem Rosacruz é uma Ordem que foi pela primeira vez publicamente conhecida no século XVII através de três manifestos e insere-se na tradição esotérica ocidental. Esta Ordem hermética é vista por muitos Rosacrucianistas antigos e modernos como um "Colégio de Invisíveis" nos mundos internos, formado por grandes Adeptos, com o intuito de prestar auxílio à evolução espiritual da humanidade.
Por um lado, alguns metafísicos consideram que a Ordem Rosacruz pode ser compreendida, de um ponto de vista mais amplo, como parte, ou inclusive a fonte, da corrente de pensamento hermético-cristã patente no período dos tratados ocidentais de alquimia que se segue à publicação de A Divina Comédia de Dante (1308-1321).
Por outro lado, alguns historiadores sugerem a sua origem num grupo de protestantes alemães, entre 1607 ou 1616, quando três textos anônimos foram elaborados e lançados na Europa: Fama Fraternitatis R.C., Confessio Fraternitatis Rosae Crucis e Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz Ano 1459. A influência desses textos foi tão grande que a historiadora Frances Yates denominou este período do século XVII como o período do Iluminismo Rosacruz.


Lenda e história
Segundo a lenda, exposta no documento "Fama Fraternitatis" (1614), essa fraternidade teria suas origens em Christian Rosenkreuz (de início apenas designado por "Irmão C.R.C."), nascido em 1378 na Alemanha, junto ao rio Reno. Os seus pais teriam sido pessoas ilustres, mas sem grandes posses materiais. Sua educação começou aos quatro anos numa abadia onde aprendeu grego, latim, hebraico e magia. Em 1393, acompanhado de um monge, visitou Damasco, Egito e Marrocos, onde estudou com mestres das artes ocultas, depois do falecimento de seu mestre, em Chipre. Após seu retorno a Alemanha, em 1407, teria fundado a "Fraternidade da Rosa Cruz", de acordo com os ensinamentos obtidos pelos seus mestres árabes, que o teriam curado de uma doença e iniciado no conhecimento de práticas do ocultismo. Teria passado, ainda, cinco anos na Espanha onde três discípulos redigiram os textos que teriam sido os iniciadores da sociedade. Depois, teriam formado a "Casa Sancti Spiritus" (a Casa do Espírito Santo) onde, através da cura de doenças e do amparo daqueles que necessitavam de ajuda, foram desenvolvendo os trabalhos da fraternidade, que pretendia, no futuro, guiar os monarcas na boa condução dos destinos da humanidade. Segundo o texto "Fama Fraternitatis", C.R.C. morreu em 1484, e a localização da sua tumba permaneceu desconhecida durante 120 anos até 1604, quando teria sido, secretamente, redescoberta.
Segundo a lenda constante nos referidos manifestos, a Ordem teria sido fundada por Christian Rosenkreuz, peregrino do século XV; no entanto, a assunção desta datação é discutível devido ao simbolismo e hermeticismo do conteúdo dos manifestos, principalmente nos aspectos numéricos e nas concepções geométricas apresentadas.
Uma outra lenda menos conhecida, veiculada na literatura maçônica — e originada por uma sociedade secreta e altamente hierarquizada do século dezoito na europa central e de leste, ao contrário dos ideais da Fraternidade que se encontra exposta nos manifestos originais, denominada "Gold und Rosenkreuzer" (Rosacruz de Ouro), que tentou realizar, sem sucesso, a submissão da Maçonaria ao seu poder — dispõe que a Ordem Rosa-cruz teria sido criada no ano 46, quando um sábio gnóstico de Alexandria, de nome Ormus e seis discípulos seus foram convertidos por Marcos, o evangelista. A Ordem teria nascido, portanto, da fusão do cristianismo primitivo com os mistérios da mitologia egípcia. Rosenkreuz teria sido, segundo esta ordem de ideias, apenas um Iniciado e, depois, Grande Mestre - não o fundador.
De acordo com Maurice Magre (1877–1941) no seu livro Magicians, Seers, and Mystics Rosenkreutz terá sido o último descendente da família Germelschausen, uma família alemã do século XIII. O seu castelo encontrava-se na Floresta Turíngia na fronteira de Hesse, e eles abraçavam as doutrinas Albigenses. Toda a família teria sido condenada à morte pelo Landgrave Conrad de Turingia, excepto o filho mais novo, com cinco anos de idade. Ele terá sido levado secretamente por um monge, um adepto Albigense de Languedoc e colocado num mosteiro sob influência dos Albigences, onde teria sido educado e onde viria a conhecer os quatro Irmãos que mais tarde estariam a ele associados na fundação da Irmandade Rosacruz. A história de Magre deriva supostamente da tradição oral local.
A existência real de Christian Rosenkreuz divide certos grupos de Rosacrucianos, alguns dos que se intitulam de Rosacruzes. Alguns a aceitam, outros o vêem como um pseudônimo usado por personagens realmente históricos (Francis Bacon, por exemplo).
A primeira informação conhecida publicamente, acerca desta fraternidade, encontra-se nos três documentos denominados "Manifestos Rosacruz", o primeiro dos quais (Fama Fraternitatis R. C., ou "Chamado da Fraternidade da Rosacruz") foi publicado em Kassel (Alemanha) em 1614 -- ainda que cópias manuscritas do mesmo já circulassem desde 1611. Os outros dois documentos foram: Confessio Fraternitatis ("Confissões da Fraternidade Rosacruz") (1615), publicado também em Cassel, e Chymische Hockeit Christiani Rosenkreuz ("Núpcias Alquímicas de Christian Rozenkreuz") (1616), publicado na então cidade independente de Estrasburgo (posteriormente anexada por França, em 1681).


O Sermão da Montanha que contém os fundamentos do discipulado Cristão, também realçados no manifesto Rosacruz Confessio Fraternitatis: "... nós nos reconhecemos como professando verdadeira e sinceramente Cristo (...) viciamo-nos na verdadeira Filosofia, levamos uma vida Cristã".
Deve-se notar que no segundo manifesto, Confessio Fraternitatis em 1615, é feita a defesa da Fraternidade, exposta no primeiro manifesto em 1614, contra vozes que se levantavam da sociedade colocando em causa a autenticidade e os reais motivos da Ordem Rosacruz. Neste manifesto pode-se encontrar as seguintes passagens que demonstram a linha condutora do pensamento da Fraternidade: que o requisito fundamental para alcançar o conhecimento secreto, de que a Ordem se faz conhecer possuidora, é que "sejamos honestos para obter a compreensão e conhecimento da filosofia"; descrevendo-se simultaneamente como Cristãos, "Que pensam vocês, queridas pessoas, e como parecem afetados, vendo que agora compreendem e sabem, que nós nos reconhecemos como professando verdadeira e sinceramente Cristo", não de um modo exotérico, "condenamos o Papa", e sim no verdadero sentido esotérico do Cristianismo: "viciamo-nos na verdadeira Filosofia, levamos uma vida Cristã". O modo como são expostos os temas nos manifestos originais e a descrição dos mesmos aponta para grande similaridade com o que é conhecido atualmente acerca da filosofia Pitagórica, principalmente na transmissão de conhecimentos e idéias através de aspectos numéricos e concepções geométricas.
A publicação destes textos provocou imensa excitação por toda a Europa,provocando inúmeras reedições e a circulação de diversos panfletos relacionados com os textos, embora os divulgadores de tais panfletos pouco ou nada soubessem sobre as reais intenções do(s) autor(es) original(ais) dos textos, cuja identidade foi desconhecida durante muito tempo. Na sua biografia no final de sua vida, o teólogo Johannes Valentinus Andreae, ou Johann Valentin Andreae (1586-1654), insere o terceiro manifesto Rosacruz publicado anonimamente, "Núpcias Químicas", no rol de escritos de sua autoria. É convicção de alguns autores que Andreae o teria escrito como se fosse o contraponto da Companhia de Jesus. No entanto, esta teoria foi posteriormente contestada por historiadores, principalmente pelos Católicos, que consideravam os documentos como simples propaganda ocultista, de inspiração protestante, contra a influência do bispo de Roma.
Os textos mostravam a necessidade de reforma da sociedade humana, a nível religioso e sócio-cultural, e sobre a forma de atingir esse objetivo através de uma sociedade secreta que promoveria essa mudança no mundo. O texto "Núpcias Químicas de Christian Rosenkreutz", contudo, foi escrito em forma de um romance pleno de simbolismo, e descreve um episódio iniciático na vida de Christian Rosenkreuz, quando já tinha 81 anos.
Em Paris, em 1622 ou 1623, foram colocados posters misteriosos nas paredes, mas não se sabe ao certo quem foram os responsáveis por esse feito. Estes posters incluiam o texto: "Nós, os Deputados do Alto Colégio da Rosa-Cruz, fazemos a nossa estada, visível e invisível, nesta cidade (...)" e "Os pensamentos ligados ao desejo real daquele que busca irá guiar-nos a ele e ele a nós".
A sociedade européia da época, dilacerada por guerras, tantas vezes originadas por causa da religião, favoreceu a propagação destas idéias que chegaram, em pouco tempo, até a Inglaterra e a Itália...
Tradições e influências
Os primeiros seguidores são, geralmente, identificados como médicos, alquimistas, naturalistas, boticários, adivinhos, filósofos e homens das artes acusados muitas vezes de charlatanice e heresia pelos seus opositores.
Aparentemente sem um corpo dirigente central, assumem-se como um grupo de "Irmãos" (Fraternidade).
Tradicionalmente, os Rosacruzes se dizem herdeiros de tradições antigas que remontam à alquimia medieval, ao gnosticismo, ao ocultismo, ao hermetismo no antigo Egito, à cabala e ao neoplatonismo.


'Poço da Iniciação' (9 estratos): arquitectura baseada em simbolismo Templário, Rosacruz e Maçónico na Quinta da Regaleira (1892-1910), Sintra, Portugal.
Em The Muses' Threnodies por H. Adamson (Perth, 1638) encontram-se a linhas "Pois o que pressagiamos são tumultos em grande, pois nós somos irmandade da Rosa Cruz; Nós temos a Palavra Maçónica e a segunda visão, Coisas por acontecer nós podemos prever acertadamente.". O texto se refere ao conhecimento esotérico que é tradicionalmente atribuido aos rosacruzes.
A Ordem Rosacruz pode ser compreendida, de um ponto de vista mais amplo, como parte da corrente de pensamento hermético-cristã. Nesse contexto, é clara a influência do Corpus Hermeticum que, após 1000 anos de esquecimento, foi traduzido por Marcílio Ficino, a figura central da Academia Platônica de Florença, em 1460, por encomenda de Cosimo de Médici. Nas Núpcias Químicas de Christian Rozenkreuz, é dito que "Hermes é a fonte primordial".
Verifica-se também a influência do pensamento de Paracelsus, citado na Fama Fraternitatis RC: "Teofrasto (Paracelso), por vocação, foi também um desses heróis. Apesar de não haver entrado em nossa Fraternidade, não obstante, ele leu diligentemente o Livro M."
A grande maioria dos personagens relacionados com o lançamento dos "Manifestos Rosacruzes" se originaram do meio luterano alemão. É de se notar que o próprio Lutero foi um dos primeiros a utilizar uma "rosa-cruz" (o "selo de Lutero", ou "rosa de Lutero") como símbolo de sua teologia. Abaixo de muitas rosas de Lutero está a frase: “O coração do cristão permanece em rosas, quando ele permanece sob a cruz.”
É amplamente discutível se os chamados "reformadores radicais" teriam exercido uma forte influência sobre os rosacruzes, ou, como algumas evidências parecem sugerir, se teriam sido os Rosacruzes a influenciar esses reformadores. Esses pensadores e teólogos luteranos acreditavam que a Reforma de Lutero deveria ser ampliada, que a doutrina ortodoxa não era suficiente e que o Cristão devia realizar a comunhão mística com Deus. Entre outros, é possível citar os nomes de Caspar Schwenckfeld, Sebastian Franck e Valentin Weigel. Johann Arndt, teólogo luterano alemão cujos escritos místicos circularam amplamente na Europa no século XVII, amigo e mentor espiritual de Johann Valentinus Andreae e amigo muito próximo de Christoph Besold, também é uma influência conhecida. Arndt foi muito influenciado pelas idéias de Valentin Weigel, e é considerado o “pai” do movimento pietista alemão.


Representação do terceiro olho e sua conexão com os "mundos superiores" pelo Alquimista rosacruciano Robert Fludd. (Rosacruzes [séc. XVII]: "Nós temos a Palavra Maçónica e a segunda visão, Coisas por acontecer nós podemos prever acertadamente.")
O místico e teósofo luterano alemão Jacob Boehme e o educador Jan Amos Comenius foram contemporâneos do movimento rosacruz original do século XVII e também davam testemunho de uma mesma sabedoria. Comenius chegou a denominar a Unidade dos Irmãos da Boêmia-Morávia, da qual ele foi um dos líderes principais antes de seu desaparecimento, como "Fraternitas Rosae Crucis". Além disso, ele tinha em Johann Valentin Andreae sua primeira fonte de inspiração, considerando-o “um homem de espírito ígneo e de inteligência pura”, tendo-o contactado e recebido deste o archote para dar continuidade à tarefa iniciada. Muitos dos que responderam ao chamado dos manifestos rosacruzes, como Michael Meier e Robert Fludd, também se ligavam à mesma fonte de força espiritual.
O historiador francês Paul Arnold foi o primeiro a considerar os três manifestos como a obra comum do "Círculo de Tübingen", ou seja, o grupo que se reuniu ao redor do (futuro) teólogo Johann Valentinus Andreae e dos juristas Tobias Hess e Christoph Besold, na Universidade de Tübingen (Alemanha). Frances Yates, no entanto, relacionou o rosacrucianismo "clássico" do século XVII unicamente a Frederico do Palatinado e sua corte inglesa em Heidelberg.
Apesar do sucesso da tese de Yates, os historiadores Richard van Dülmen, Martin Brecht e Roland Edighoffer reconstituíam os fatos graças a uma pesquisa histórica aprofundada, que aconteceu a partir de 1977. Brecht e Edighoffer estudaram, ao mesmo tempo e independentemente um do outro, e finalmente provaram a autoria dos manifestos. Andreae se fez conhecer como o autor dos textos (sua “obra pessoal”) e Tobias Hess, defensor do milenarismo e partidário de Paracelso (que, como afirma o historiador Carlos Gilly, "Andreae honrou e defendeu após sua morte, como pai, irmão, mestre, amigo e companheiro"), teria sido o mestre e iniciador do grupo de onde saíram os manifestos da Rosa-Cruz.
Muitos procuraram responder ao "chamado" emitido pelos rosacruzes no século XVII, não apenas naquele séculos, mas também nos seguintes, quando várias organizações com o nome Rosacruz surgiram. Também no século XX surgiram muitas organizações com este nome, todas elas de certa forma co-herdeiras do tesouro espiritual da Rosacruz do século XVII.
Princípios e objetivos
De um modo geral os rosacrucianos defendem a fraternidade universal entre todos os homens. Para os rosacrucianos, os homens podem desenvolver suas potencialidades para tornarem-se melhores, mais sadios e felizes. O rosacrucianismo tem por objetivo primordial levar o homem ao autoconhecimento e à manifestação de sua real natureza espiritual, a fim de contribuir para a evolução de toda a humanidade.
Estes objetivos, segundo os rosacrucianos, podem ser atingidos por meio de uma mudança pessoal, de hábitos, pensamentos e sentimentos. Segundo eles, isto só é possível ao dissipar o véu de ignorância que cobre os olhos dos homens. A recompensa daqueles que atingem este objetivo, que é de natureza espiritual, é uma paz profunda consigo próprio; estado este que se irradia do indivíduo e atinge todos em volta, produzindo em todos um reflexo positivo.
Simbolismo


Jóia do 18° Grau "Cavaleiro da Rosa-Cruz" (REAA)
O Emblema Rosacruz, embora com variações, apresenta-se sempre como uma cruz envolvida por uma coroa de rosas, ou com uma rosa ao centro.
Outra faceta da Rosa-cruz mais conhecida é o 18º Grau (representando simbolicamente a 9ª Iniciação Menor), o grau de "Cavaleiro Rosa-Cruz", do "Capítulo da Rosa-Cruz" do "Rito Escocês Antigo e Aceito" da Franco-Maçonaria, que tem como símbolos principais o Pelicano, a Rosa e a Cruz.
Diversos livres pensadores defendem que o Rosacrucianismo não é mais do que uma Ordem constituída mas, uma corrente de pensamento, cuja filiação ocorre pela adoção de certas posturas de vida.
Organizações modernas
Existem actualmente diversas e distintas ramificações Rosacrucianas. Apresenta-se de seguida uma breve descrição acerca das mais divulgadas:
· A Fraternidade Rosacruz, no Brasil e em Portugal (inglês, The Rosicrucian Fellowship), foi fundada por Max Heindel entre 1909 e 1911, nos Estados Unidos. Não reivindica o título de "Ordem Rosacruz", considerando-se apenas uma escola de exposição de suas doutrinas e de preparação para o indivíduo para ingresso em caminhos mais profundos na Ordem espiritual. Segundo eles, a verdadeira Ordem Rosacruz funciona apenas nos planos espirituais. Ao contrário da maioria das demais organizações rosacruzes, as escolas de Max Heindel se consideram indissociáveis do Cristianismo Esotérico considerando-o como a verdadeira religião universal e Cristo como o único salvador universal, daí ser mais propriamente chamada de Cristianismo Rosacruz, ou, por vezes, Cristianismo Esotérico. Outras organizações rosacruzes também consideram-se cristãs, mas não com este ênfase.
· Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis (AMORC), com sede mundial em São José na Califórnia, EUA, fundada no Antigo Egito, e organizada pelo Faraó Amenófis IV (também conhecido como Akhenaton), por volta de 1500 a.C.. O que se confirma historicamente é que a Ordem foi fundada em 1915 por Harvey Spencer Lewis, nos Estados Unidos. Tal como está expresso no site oficial da Ordem: "A Ordem Rosacruz, AMORC é uma organização internacional de caráter místico-filosófico, que tem por missão despertar o potencial interior do ser humano, auxiliando-o em seu desenvolvimento, em espírito de fraternidade, respeitando a liberdade individual, dentro da Tradição e da Cultura Rosacruz.". A Antiga e Mística Ordem Rosacruz (sem hífem) é hoje a maior fraternidade rosacruz no mundo, abrangendo dezenas de países, em diversos idiomas, além de acolher a Tradicional Ordem Martinista (T.O.M.), uma ordem martinista fundada pelo renomado médico e ocultista francês Papus (Dr. Gerard Anaclet Vincent Encausse).
· Fraternitas Rosae Crucis (FRC), também com sede mundial nos EUA, que se reinvindica a autêntica Ordem Rosa-Cruz fundada em 1614 na Alemanha, mas na verdade foi fundada por Reuben Swinburne Clymer por volta de 1920 e se diz representante de um movimento originalmente fundado por Pascal Beverly Randolph em 1856.
· Fraternitas Rosicruciana Antiqua (FRA) foi fundada pelo esoterista alemão Arnold Krumm-Heller por volta de 1927, e tem sede no Rio de Janeiro (está presente também nos países de língua hispânica).
· Lectorium Rosicrucianum (ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea) é uma organização rosacruz que começou a se estruturar em Haarlem, Holanda, em 1924, através do trabalho de J. van Rijckenborgh (pseudônimo de Jan Leene) e Z.W. Leene, quando esses dois irmãos entraram para a Sociedade Rosacruz (Het Rozekruisers Genootschap), divisão holandesa do grupo americano Rosicrucian Fellowship. Este grupo se tornaria independente da Rosicrucian Fellowship em 1935 e, com o final da guerra em 1945 (quando seu trabalho foi proibido pelas forças de ocupação nazista), o trabalho exterior foi retomado e passou a adotar o nome Lectorium Rosicrucianum, ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea, apresentando-se cada vez mais como uma escola gnóstica, "Gnosis" significando aqui o conhecimento direto de Deus, resultado de um caminho de desenvolvimento espiritual. Desde 1945, o grupo se expandiu por vários países da Europa, América, Oceania e África, além de publicar inúmeros livros, muitos dos quais com comentários sobre antigos textos da sabedoria universal, como os Manifestos Rosacruzes do Século XVII, o Corpus Hermeticum (textos atribuídos a Hermes Trismegistus), o Evangelho Gnóstico da Pistis Sophia, o Tao Te Ching, entre outros.
· "A "Confraternidade da Rosa+Cruz" CR+C preserva e perpetua a Tradição Rosacruz sob a linhagem e autoridade espiritual do Imperator "Gary L. Stewart", oferecendo os Ensinamentos Rosacruzes originais preparados nas décadas de 1920 e 1930 por Harvey Spencer Lewis. Preservando a Tradição conforme especificamente estabelecida no início do século XX e também conforme o Movimento Rosacruz em geral dos séculos passados. Para executar essa tarefa com êxito, há necessidade de se manter sempre o equilíbrio entre a Tradição e o Movimento com adesão estrita às leis que governam a sua operação e a sua existência. A manutenção desse equilíbrio é confiada a um Imperator do Movimento, que, sob muitos aspectos, serve como um guardião do mesmo.
Lista de instituições relacionadas
· Fraternidade Rosacruz - fundada em 1909/11 por Max Heindel; sua sede internacional está localizada em Mount Ecclesia, Oceanside, Califórnia (EUA). Tem uma sede central e centros de estudo no Brasil e centros em Portugal.
· Alchemical Rose-Croix Society (Association Alchimique de France).
· Ancient and Mystical Order Rosae Crucis (Antiga e Mística Ordem Rosae Crucis - AMORC) - originalmente fundada por Harvey Spencer Lewis, é a organização rosacruz mais conhecida e com maior número de membros.
· Antiquus Arcanus Ordo Rosae Rubea Aurea Crucis (Antiga e Arcana Ordem da Rosa Vermelha e da Cruz Dourada - AAORRAC) - originalmente surgida na Áustria, tem conexões com a AMORC.
· Ancient Rosae Crucis (ARC) - é uma dissidência da AMORC.
· Círculo Iniciático de Hermes (C:.I:.H:.) - Grupo independente de princípios Rosacruzes, baseados na magia de Hermes, ou Hermetismo.
· Confraternidade da Rosa+Cruz (CR+C)- Organização fundada por Gary L. Stewart, anterior Imperator da AMORC.
· Corona Fellowship of Rosicrucians (CFR).
· Fraternidade Rosacruciana São Paulo - fundada por Lourival Camargo Pereira e sediada em São Paulo, Brasil, seguindo o modelo da escola de Max Heindel. É mais antiga que a filial brasileira da Rosicrucian Fellowship.
· Fraternitas Rosae Crucis (FRC) - fundada em 1920 por Reuben Swinburne Clymer, segundo ele representando o movimento originalmente fundado por Paschal Beverly Randolph em 1856 e tendo suas raízes em 1614 na Alemanha.
· Fraternitas Rosicruciana Antiqua (FRA) - fundada pelo ocultista alemão Arnold Krumm-Heller em torno de 1927 na América do Sul (para onde ele foi com a idade de 16 anos), sendo desde o seu início uma fraternidade para o Brasil e países de fala hispânica.
· Lectorium Rosicrucianum, (International School of the Golden Rosycross ou Escola Internacional da Rosacruz Áurea) (LR) - fundada por Jan van Rijckenborgh e Z.W. Leene, em 1924
· Ordem Mística do Templo da Rosacruz.
· Ordre Kabbalistique de la Rose Croix (Cabalistic Order of the Rosy Cross) (OKRC) - fundada em Paris, em torno do ano de 1888, tendo o Marquês Stanislas de Guaita como seu primeiro Grão-Mestre, e segundo algumas fontes teve conexões com o ocultista Papus.
· Order of the Temple et the Graal and of the Catholic Order of the Rose-Croix (l'Ordre de la Rose Croix Catholique et Esthetique, du Temple et du Graal) (CRC) - iniciada por Josephine Peladan em 1890
· Order of the Temple of the Rosy Cross (OTRC) - fundada em Londres, Inglaterra, em 1912 por Annie Besant, Marie Russak e James Ingall Wedgwood.
· Ordo Aurea et Rosae Crucis (Antique Arcanae Ordinis Rosae Rubea et Aurea Crucis)(OARC) - liderada por um sucessor de Peladan, Emille Dantinne, que iniciou Ralph Lewis, filho do fundador da AMORC e seu segundo Imperator.
· Ordo Templi Orientis (OTO) - originalmente fundada por Carl Kellner e Franz Hartmann em torno de 1895, acabou sendo liderada por Theodor Reuss em 1902.
· Rose-Croix de l'Orient (Rose-Cross of the East) (RCO).
· Societas Rosicruciana in America (SRIA) - iniciou em Filadélfia em 1878, espalhando-se depois por todos os EUA.
· Societas Rosicruciana in Anglia (SRIA) - fundada em torno de 1860-1865 pelo Franco-maçom Robert Wentworth Little, e deste movimento participaram personalidades conhecidas como William Wynn Westcott, Eliphas Levi e Theodor Reuss.
· Societas Rosicruciana in Civitatibus Foederatis (SRICF) - fundada na Pennsylvania, EUA, em 1879.
· The Elder Brothers of the Rose-Croix (Les Freres Anis de la Rose-Croix) (FARC).
· The Hermetic Order of the Golden Dawn (HOGD) - Ordem Hermética do Amanhecer Dourado - fundada em 1888 por Franco-maçons, entre eles S. L. MacGregor Mathers e William Wynn Westcott.
· The Rosicrucian Fellowship (Association of Christian Mystics) (RF) - fundada por Max Heindel, entre os anos de 1909 e 1911, e que tem hoje centros de estudo em vários países.

Textos de referência
Manifestos
· "Fama Fraternitatis" - link externo e link externo (1614)
· "Confessio Fraternitatis" link externo e link externo (1615)
· "Die Chymische Hockeit Christiani Rosenkreuz" link externo , link externo e link externo em francês (1616)
Textos históricos
· "Apologia Compendiaria Fraternitatem de Rosae Cruce" - Robert Fludd (1616) -
· "Rosicrucian Brotherhood - From the Rosicrucian apologist's book Svmmvm Bonvm, The Highest Good, which first appeared in 1629 in German" - Robert Fludd (1616)- link externo
· "Sylva Sylvarum" - Francis Bacon (1627) - link externo
· "Cartas Rosacruzes" - Sec. XVIII link externo
"Rosicrucian Brotherhood - From the Rosicrucian apologist's book Svmmvm Bonvm, The Highest Good, which first appeared in 1629 in German"
Textos modernos
· Hartmann, Franz, "No Pronaos do Templo da Sabedoria - Um estudo sobre a filosofia Rosacruz", link externo
· Heindel, Max, "Conceito Rosacruz do Cosmos", (1909), link externo e link externo
· Heindel, Max, "Os Mistérios Rosacruzes", 1911 link externo
· Lewis, Harvey Spencer, "Rosacrucian Manual" (1918)
· Krumm-Heller, Arnold, "Rosa Esotérica"
· Krumm-Heller, Arnold, "Iglesia Gnóstica"
· Krumm-Heller, Arnold, "El Tatwametro", link externo
· Pessoa, Fernando, "No Túmulo de Christian Rosenkreutz" (poema), link externo
· Randolph, Paschal Beverly, "Magia Sexualis", link externo
· Rijckenborgh, J. van, "Chamado da Fraternidade da Rosacruz (O)" (análise esotérica da Fama Fraternitatis R.C., um manifesto dos rosacruzes do século XVII, publicado em 1614), link externo
· Rijckenborgh, J. van, "Confissão da Fraternidade da Rosacruz (A)" (análise esotérica da Confessio Fraternitatis R.C., um manifesto dos rosacruzes do século XVII, publicado em 1615), link externo
· Rijckenborgh, J. van, "As núpcias alquímicas de Christian Rosenkreuz" (Obra em dois tomos - análise esotérica do texto rosacruz publicado em 1616), link externo
· Rijckenborgh, J. van, "Christianopolis" (comentários sobre a obra de Johann Valentin Andreae), link externo
· Rijckenborgh, J. van, "A arquignosis egípcia" (Obra em quatro tomos - baseada na Tabula Smaragdina e no Corpus Hermeticum de Hermes Trismegisto), link externo
· Rijckenborgh, J. van, "O mistério iniciático cristão - Dei gloria intacta", link externo
· Rijckenborgh, J. van, "O advento do novo homem", link externo
· Westcott, William Wynn, "The Rosicrucians", link externo
Romances
· Hesse, Herman "O Jogo das Contas de Vidro", também conhecido por "Magister Ludi" (Mestre do Jogo), (1943)
· Tucker, Prentisss "Na Terra dos Mortos que Vivem - Uma História Ocultista" link externo
Publicações Rosacrucianas
· Diversas da AMORC, link externo
· Revista da Fraternidade Rosacruz de Portugal, link externo
· Biblioteca Online da Fraternidade Rosacruz Max Heindel, Centro do Rio de Janeiro link externo
· Temas Rosacruzes - artigos e ensaios publicados pela Fraternidade Rosacruz Max Heindel, Centro do Rio de Janeiro link externo